sexta-feira, 18 de janeiro de 2008
sara
Tem dias que a gente se sente Um pouco, talvez, menos gente Um dia daqueles sem graçaDe chuva cair na vidraça Um dia qualquer sem pensar Sentindo o futuro no ar O ar, carregado sutilUm dia de maio ou abrilSem qualquer amigo do lado Sozinho em silêncio calado Com uma pergunta na alma Por que nessa tarde tão calma O tempo parece parado?eu realmente não preciso mais de vocêjá lhe disse isto há tempo atrásvocê nunca chegou a compreendernem mesmo chegou a ser minha amigaeu realmente não preciso de você,eu realmente não preciso de vocêeu realmente não preciso mais de vocêeu posso ficar melhor sozinhoquando eu me sentia caído você me botava pra baixo,tão pra baixovocê tem sido uma pedra bem no meu caminhoe eu nunca tive coragem pra dizereu realmente não preciso de você...você teve sua chance de cair fora agoraantes que eu a fizesse beijar a lonatudo é tão claro e eu posso vervocê nunca foi a garota que eu queria pra mim,caratrabalho de dia,trabalho de noitetento de tudo pra fazer você se sentir legal,legal você nunca mostrou cooperação você deveria mostrar consideração eu realmente não preciso de você...
quinta-feira, 17 de janeiro de 2008
o vôo de icaro

Enquanto o sol nasce, sobre o chãoUm homem velho está em pé nas colinasEnquanto o chão se aqueceAos primeiros raios de luzUma canção de pássaros destrói o silêncioSeus olhos estão em chamasVeja o homem louco em seu olhar fixoVoe, em seu caminho, como uma águiaVoe tão alto quanto o solEm seu caminho, como uma águiaVoe, toque o solAgora a multidão se dispersaE um jovem menino apareceEncara o homem velho nos olhosE ele abre suas asasE grita para a multidãoEm nome de deus meu pai eu voareiSeus olhos parecem tão vidradosEnquanto ele voa nas asas de um sonhoAgora ele sabe que seu pai o traiuAgora suas asas se tornaram cinzasÀs cinzas seu túmulo
de volta a vila

Foque as luzes sobre as pessoas Gire o botão e coma os vermes Aproveite suas chances, destrua a máquina Solte suas bombas e deixe queimar Bandeiras brancas feitas em tiras por tiros A trégua é negra e queimada Nervosismo na cozinha Mesas viradas De volta à vila novamente Na vila Eu estou de volta à vila novamente Jogando dados agora, girando viciados Vejo números seis por todos os lados Em um buraco negro, e eu estou girando Enquando minhas asas são atingidas Sem tréguas dentro Gatos de papel e celeiros queimados Existe uma raposa entre as galinhas E um matador entre os cães Perguntas são uma carga E respostas são uma prisão para si mesmo Nervosismo na cozinha Mesas começam a queimar Mas continuamos andando no vale E outros tentam matar a chama interior Estamos queimando mais forte que antes Eu não tenho um número, sou um nome
terça-feira, 1 de janeiro de 2008
Resolução de ano novo
Nossas atitudes diante de alguns desafios diários podem ser divididas em quatro níveis de aprofundamento, a saber. Nível zero: decisões erradas com informações na mão (burrice). Nível mínimo: decisões erradas sem informação alguma (o que é normal). Nível bom: decisões certas com as informações (inteligente). Nível metafísico: decisões certas sem informações (gênio ou deus). Para o Adilson, existe ainda o nível -1: situações em que você sabe que deveria ter feito algo, mas protelou por toda a vida e ficou na pior (trouxa).
Posso dizer que, no campo pessoal, já consigo tomar decisões que se encaixam no terceiro nível, sem grandes turbulências. O desafio é fazer o mesmo no campo profissional - onde é muito mais cômodo escolher qualquer coisa sem explicar os motivos, caindo fatalmente no estúpido nível zero e se tornando um perfeito imbecil.
Outra forma fácil de decidir errado e se dar muito mal é seguir ao pé da letra um dos mais terríveis conselhos que já tiveram coragem de inventar: "siga seu coração". Uma biruta. Faça isso literalmente e corra o risco de se ver isolado num mundo só seu, gritando aos quatro cantos coisas como "alguém me salve" e vendo a maioria responder de volta: "se vira".
Mas enfim. Papai Noel, anote aí: não quero só decidir coisas, mas principalmente saber qual a melhor forma.
Posso dizer que, no campo pessoal, já consigo tomar decisões que se encaixam no terceiro nível, sem grandes turbulências. O desafio é fazer o mesmo no campo profissional - onde é muito mais cômodo escolher qualquer coisa sem explicar os motivos, caindo fatalmente no estúpido nível zero e se tornando um perfeito imbecil.
Outra forma fácil de decidir errado e se dar muito mal é seguir ao pé da letra um dos mais terríveis conselhos que já tiveram coragem de inventar: "siga seu coração". Uma biruta. Faça isso literalmente e corra o risco de se ver isolado num mundo só seu, gritando aos quatro cantos coisas como "alguém me salve" e vendo a maioria responder de volta: "se vira".
Mas enfim. Papai Noel, anote aí: não quero só decidir coisas, mas principalmente saber qual a melhor forma.
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