sexta-feira, 27 de junho de 2008

Deixa zunir


Para quem está no meio da ventania..."Um tornado é um pequeno, porém, intenso redemoinho de vento, formado por um centro de baixa pressão durante tempestades. Se o redemoinho chega a alcançar o chão, a repentina queda na pressão atmosférica e os ventos de alta velocidade (que podem alcançar mais de 350 km/h) fazem com que o tornado destrua quase tudo o que encontrar no meio de seu caminho."Tornado é um fenômeno que acontece em alguns momentos de nossas vidas. Um pequeno mais intenso redemoinho que destrói tudo aquilo que acreditamos ou aquilo que temos.Esse fenômeno pode estar associado a problemas financeiros, sentimentais, familiares, profissionais, enfim todos os tipos de problemas, e ás vezes, todos eles juntos. É quando você vê tudo fugindo do seu controle, e você está lá, no olho do tornado, vendo tudo passar, girando á sua frente num redemoinho. É uma fase de mudanças, e quando a ventania passar, algumas coisas terão caído por terra, por mais que você tenha tentado salvá-las. Outras permanecerão intactas e outras ressurgirão, ou serão reconstruídas.O que é sólido fica. E o que não for, não te fará falta, acredite... Os tornados são sábios! E só carregam aquilo que não nos fará falta, o essencial sempre fica. E o que não é essencial, é necessário deixar partir, para haver mudanças. Os seus conceitos também mudarão, o que é essencial para você hoje, talvez não seja tão essencial assim quanto você pensa, quando o tornado acabar de passar. Muitas vezes varrer tudo que está parado na sua vida, é a única maneira de recomeçar. É como fazer uma limpeza, de coisas mofadas, estagnadas, amareladas pela vida....e ver que embaixo daquela bagunça ainda tem muita coisa reluzente. Em momentos assim, ouça o barulho do vento e entregue-se as mudanças! No começo parece que o vendaval não vai passar nunca... mas ele acaba uma hora!Tornados desse tipo te levarão para lugares novos, terras antes não visitadas.Te mostrarão caminhos desconhecidos e possibilidades antes não imaginadas.Quando você estiver no olho do Tornado, verá muitas vezes o que você ama girar em torno de sí e se dissipar no espaço. Chore!Verá o que você construiu despedaçar-se em segundos. Proteja-se!Verá os seus sonhos virarem pó e saírem zunindo com o vento. Feche os olhos!Verá os destroços passarem rente a sua cabeça. Abaixe-se!E quando o vendaval passar, você vai pisar em terra nova: uma terra diferente, desconhecida... Porque vai sair diferente disso tudo!Você terá a chance de recomeçar, mas não do zero, porque você estará levando na alma as marcas dessa experiência, que te fará mais sábio e te mostrará o caminho do sol.Pessoas que passam por tornados sabem que podem passar por qualquer coisa. São sobreviventes! E para os sobreviventes está prometido o mundo. Portanto: Deixa o vento zunir!!!"Se queremos progredir, não devemos repetir a história, mas fazer uma história nova" Gandhi

anjos e demônios


Sonhos - Sensações que você prova Sao tomadas da natureza Você descobre que essas emoções são verdadeiras em sua mente Lute contra o império do medo Cedo ou tarde eles tentarão te convencer que você está errado Mas tenho certeza... Nós somos apenas Engatinhantes Anjos e Demônios disfarçados A verdade você nao sabe então tente ter certeza Quando seus Anjos e Demônios se erguerem Encare a verdade: Deus não é amor! Sinta tão fluídico quanto a vida O amor é um arco-íris Do mesmo jeito que isso parece ser real Tudo isso está em sua mente Cedo ou tarde eu vou convencer que A verdade é uma mentira Nao há juiz quando nós morremos Somente pó Nós somos apenas Engatinhantes Anjos e Demônios disfarçados A verdade você não sabe então tente ter certeza Quando seus Anjos e Demônios se erguerem Você saberá quando Anjos e Demônios se erguerem Mas nós ainda não estamos certos do caminho devemos seguir Quando Anjos e Demônios se disfarçam Apenas confundindo nossos cérebros com suas mentiras Emoções sedutoras Devoções revoltantes Os Anjos e Demônios me contando mentiras!

Rememoração radical


Para o Sufi a rememoração de Deus, sempre e em todo lugar, é a meta da existência. Mas Quem ou que é Deus, e o que significa "recordar"?
É a linguagem humana capaz de expressar, ou ao menos anunciar em direção à realidade desta palavra Deus? Algumas pessoas – em especial aqueles que favorecem uma visão puramente existencial ou científica do mundo — se sentem turbadas quando se usa esta palavra. Outros se voltem autocomplacentes e farisaicos. Quiçá é melhor ficar algo que turbado com a idéia de Deus, sobretudo se esta turbação nos faz romper o cascão de nossas idéias fixas. Seja o que for, Deus não é um de nossos conceitos fixos.
Não se pode, como ser humano, deixar de perguntar-se acerca do significado real de ser um indivíduo, uma pessoa com consciência de si mesma. Cada um de nós tem uma chama de consciência em seu núcleo. Qual é a natureza desta chama e que é que a incendiou em nosso interior? Essa consciência, ou estado consciente, é o fato mais surpreendente de nossa existência, e ao mesmo tempo o que mais correntemente damos por judicioso.
Diz-se em nossa tradição "Tu és o segredo de Deus. E Deus é teu segredo."
Para o gnóstico, Deus deve ser conhecido através da chama da consciência. Evocar a Deus, recordá- lO, é ter presente essa chama de consciência. Mas só podemos ter consciência desta chama pela chama mesmo. Este é o paradoxo no qual se dissolve a realidade!
A chama da consciência existe em nós porque a consciência permeia o universo. Mas a palavra consciência implica algo mental, abstrato, quase impessoal. E se essa chama não for só da consciência, mas também de qualidades infinitas? E se o fogo não só convertesse calor e luz, mas Amor, Poder Criativo e Inteligência Infinita?
Que ocorreria então se o ser humano pudesse voltar-se consciente desta chama interior e entendê-la como uma chispa de criatividade infinita e ardor? E que aconteceria se a ativação de nossas qualidades humanas fundamentais dependesse de nosso grau de consciência de nossa conexão espiritual com a Fonte da Vida? Esta é a premissa central de nosso trabalho! É isto religião? É isto psicologia? É arte? É só sentido comum? Poderíamos chamá-lo de transformação em um ser humano completo? Não tem importância!

…e recordem a Deus como Quem os guiou… (Qur’an Sura Báqara, 2: 198).

Essa declaração, enganosamente simples, ordena-nos evocar e sugere que temos sido "guiados" a esta rememoração por "Al-lah". Rememoração é uma tradução da palavra árabe "zikr", que tem vários significados incluindo "mencionar", "evocar" ou "rememorar". Rememorar provém do Latim "rememorari". Rememorar, sem embargo, não é simplesmente chamar da memória algo do passado, mas sim trazer à mente, um estado de reter algo em nossa consciência. Somos recordados da necessidade de rememorar por Aquele que implantou a rememoração em nós. Essa aleya (ou versículo) qurânico é um véu delgado sobre a unidade do Ser: nossa rememoração é Sua rememoração!
Para o Sufi, essa evocação tem uma natureza essencial mais além das formas, que pode ser praticada em qualquer lugar e em todo momento.
…e o recordo de Deus é em verdade o maior bem. E Deus sabe tudo o que fazem. (Qur’an Sura al-Ankabut, 29:45)

A Rememoração mediante os Nomes de Deus
O "zikr" tem formas específicas, ou exercícios, que conduzem a experiências em diferentes níveis dentro de nosso ser. Al-Ghazali, um dos expoentes e intérpretes mais importantes do sufismo, deu as seguintes instruções a respeito da prática da rememoração: Permite que teu coração chegue a um estado tal qual a existência ou inexistência de qualquer coisa que seja indiferente – quer dizer, que não haja dicotomia entre o positivo e o negativo. Logo te senta sozinho em um lugar silencioso, livre de qualquer tarefa ou preocupação, já se trate de recitar o Qur’an, pensar em seu significado, preocupar-se com os ditados da religião, ou do que lê nos livros — não permitas que nada mais que Deus entre em tua mente. Uma vez nesse estado, comece a pronunciar com tua língua "Al-lah, Al-lah" mantendo tua mente nisso.
Pratica isso continuamente e sem interrupção; chegarás a um ponto em que o movimento da língua cessará, e parecerá que a palavra flui só dela, em forma espontânea. Continua deste modo até que todo traço de movimento da língua haja desaparecido, enquanto o coração registra o pensamento ou idéia da palavra.
A seguir, com a invocação, chegará um momento no tempo em que a palavra deixará por completo o coração. Só a essência palpável ou realidade do nome permanecerá, unindo-se inevitavelmente ao coração.
Até esse ponto, tudo haverá dependido de tua própria vontade consciente; o êxtase Divino e a iluminação que podem derivar-se dali em diante, no tem nada a ver com tua vontade consciente ou eleição. O que havias feito até esse momento é abrir uma janela, por assim dizer. Haver-te-ás exposto ao que Deus possa alentar ou infundir em ti, como O fez com Seus Profetas e Walys (Amigos).
Realiza-se o que lhe foi dito mais acima, podes estar seguro de que a luz da Verdade assomará em teu coração. No começo, de forma intermitente – como o brilho dos raios - chegará e se irá. Às vezes pode permanecer só alguns instantes. (Aa alquimia da felicidade)
O método para alcançar a "Verdade" começa com essa prática simples e formosa de repetir "Al-lah", o Nome Essencial de Deus. Apenas o mover a língua com certa intenção e presença mental somos conduzidos ao interior da realidade do Nome, até que "só a essência palpável ou realidade do nome permanecerá, unindo-se inevitavelmente ao coração". Mediante esse simples processo, a rememoração é transferida desde a língua à mente, da mente aos sentimentos e aos níveis mais profundos da personalidade, até que sua realidade é estabelecida no núcleo do ser humano.
Cada vez mais, a rememoração começa a preencher nossas vidas. Em lugar dos diálogos internos habituais, comentários, juízos e opiniões que formam a maior parte da vida interior das pessoas, podemos começar a experimentar a respiração e o ritmo da rememoração. Os Nomes Divinos se vem como algo vivo, animados, espiritualmente prolíficos – muito mais reais que os guiões repetitivos de nossa personalidade superficial.
Esse caminho não requer nenhum impulso excepcional de fé, nenhum abandono da razão, nenhuma teologia complexa nem logro intelectual. A invocação simples e atenta do Nome essencial de Deu, levar-nos-á à realidade do que está sendo evocado.

A Rememoração do Coração
A evocação que começa com a língua nos pode conduzir à evocação feita com o coração. Quiçá é evidência da generosidade divina o que aquilo que começa com uma simples repetição de uma palavra nos pode conduzir ao Segredo dos Segredos. A repetição da palavra "Al-lah" focaliza nosso pensamento em Deus. O ritmo da rememoração inevitável afeta as ondas cerebrais e os envoltórios superficiais da mente se acalmam. Nessa quietude transparente da mente superficial se revela um nível mais profundo da mente. É aquele nível mais profundo da mente, chamado coração, o que é capaz de perceber "algo" que não é apreciável nem pelo intelecto nem pelos sentidos. Parecera que se voltar consciente deste algo tem o efeito de classificar a mente, harmonizar as emoções, intensificar os sentidos e trazer paz ao coração.
…em verdade, na recordação de Deus encontram os corações seu sossego. (Qur’an Sura ar-Raad, 13:28)
E mantém-te com paciência ao lado daqueles que invocam a Seu Sustentador de manhã e à tarde, buscando Sua face, e não permitas que teus olhos passem sobre eles em busca das galas deste mundo; e não presta atenção àquele cujo coração fizemos negligente de Nosso recordo porque seguiu sempre seus desejos unicamente, abandonando tudo quanto é bom e verdadeiro. (Qur’an Sura al-Kaf, 18: 28)
Os Ocidentais que estão familiarizados com diversos caminhos espirituais poderiam perguntar-se: qual é a diferença entre "zikr" e meditação? Se por meditação entendemos aquele refinado "escutar interior", a ativação de uma presença capaz de observar os eventos internos e externos sem se ver absorvida por eles, então se tem muito em comum. Podemos, sem embargo, distinguir o Zikr das técnicas de concentração mais superficiais. A rememoração é mais que um exercício realizado por um indivíduo com propósitos pessoais tais como lograr calma, claridade, ou relaxamento. Enquanto que o Zikr é mais que isso. A evocação de Deus é estabelecer uma relação com O Ser Infinito, que está mais próximo de nós que nós mesmos, e, ao mesmo tempo, é maior que nós mesmos; muito maior do que tudo que possamos conceber. Também se experimenta como amar e ser amado pelo Amor.
Uma vez recebi uma carta de uma pessoa que levava anos de prática intensiva dentro do que descreveu como uma "tradição não-teísta". Nela explicava como, ao largo de todos seus anos de práticas espirituais, e apesar dos muitos benefícios de seus exercícios, seu coração não havia encontrado a Paz.
Durante um retiro solitário de três anos, começou a praticar um Zikr Sufi usando o Nobre Al-lah. "Quiçá há algo em se aproximar de um Deus que pode ser Nomeado. Meu coração, pela primeira vez, encontrou paz". Ele ignorava que estava citando o Qur’an quase que literalmente. É válida sua experiência, ou só é conformar-se com uma satisfação menor? Nossa compreensão da evocação/rememoração é que o Divino tem as qualidades do indefinível transcendente - como enfatizam as tradições não-teístas - e, ao mesmo tempo, o Divino tem um aspecto pessoal, íntimo, que se experimenta como uma relação profunda.
Ainda que a invocação dos Nomes ou Atributos de Deus é uma prática fundamental, essa rememoração pode e deve impregnar todos os estágios de capacidades e atividades humanas. O Qur’an exalta aos que recordam a Deus, de pé, sentados e quando se encostam [Sura Al-Imran, 3: 191], quer dizer: sob toda circunstância imaginável. O Sufismo tem muitas práticas que permitem que a rememoração seja incorporada a um nível corporal: as diversas posturas da Salaat, a oração; a cerimônia Mevlevi do giro; os movimentos grupais durante o Zikr de diversas Ordens Sufis.

A Rememoração ao refletir sobre a Unicidade (Tawhid)
A evocação também consiste no relacionamento mental e emocional de que tudo é uma manifestação de uma só Fonte de vida e de ser. Al-lah é a Unidade, e tudo na existência visível reflete as qualidades e a vontade de Al-lah, a vida e o ser de Al-lah. Ao observar o brotar das flores na primavera reconhecemos a "Al-Khaliq", o Criador, ou Al-Latif, o Sutil, e Al-Musawwir, o Criador da Forma. Quando vemos o poder de uma grande tormenta ou de um terremoto, reconhecemos e recordamos a Al-Aziz, o Poderoso, e Al-Yabbar, o Que Premia. Ao observar o incrível equilíbrio dentro da natureza poderemos reconhecer a Ar-Razzaq, o Provedor, Al-Wahjab, o Dispensador, e Al-Muhyi, o Que Dá a Vida, e As-Sabur, o Paciente.

Rememoração através do Louvor
Ao aprofundar nosso reconhecimento dos Atributos podemos ser conduzidos cada vez mais a um sentido de admiração respeitosa, a uma apreciação espontânea e a um agradecimento pela ordem invisível que se manifesta na existência.
Como se diz no Qur’an, e ali onde te voltes encontrarás a face de Deus [Sura al-Baqara, 2: 115]. O que evoca a Deus adquire sensibilidade para o mundo ademais de uma percepção das dimensões impalpáveis da existência.
Progressivamente os termos religiosos tradicionais de "louvor" e "glorificação" começam a corresponder à realidade que estamos experimentando. Podemos ser conduzidos a experiências de tal poder e beleza que nossa evocação diária pode, também, embelezar-se com a memória destes eventos. Podemos querer recordar a intensidade daquelas experiências nas quais os véus entre o terrenal e o divino se fizeram muito delgadas.

Rememoração por meio da Sensibilidade Moral
Outro aspecto da rememoração que deve ser incluído é a necessidade de uma sensibilidade ética /moral. Aa concepção Sufi – e isto significa Islâmica — de Deus também inclui um sentido do eqüitativo que tem o princípio de causa e efeito. Dado que nós – como indivíduos — somos integrais à totalidade desta realidade, cada ação nossa tem seu efeito no todo. O compreender isto nos compromete a lograr uma maior autoconsciência, uma maior sensibilidade a respeito dos efeitos e as conseqüências de nossas ações, sentimentos e pensamentos. Com essa nova sensibilidade, a consciência desperta e nossa personalidade e relações se refinam. Pode-se começar a caminhar mais docemente pela terra. O que começou como uma repetição mental se aprofundou até chegar a uma consciência mais permanente de todo o campo de existência permeado por uma presença moral e espiritual.

Rememoração através da Entrega e da União
Quem pode dizer onde termina essa evocação? Há estados de presença contemplativa pura nas quais o Espírito mesmo se transforma na experiência mais satisfatória imaginável e se é liberado de qualquer outra preocupação. Mediante essa experiência o Amor cresce, o submetimento do indivíduo isolado se torna possível. Deus diz no Qur’an:… assim, pois, recordai-vos de Mim e Eu me recordarei de vós. (Qur’an Sura al-Baqara, 2: 152)
O Sufi chega a saber que essa declaração não se refere ao tempo linear, não é uma proposição do tipo “se….", "então…”, são essenciais a intenção, o esforço a perseverança. Paralelamente, quando o ser humano rememora a Deus, é realmente a ação de Deus.
Em última instância, se se funde na Presença Divina semelhante às estrelas individuais que desaparecem na luz do sol.

e a recordação de Deus é, em verdade, o maior bem.(Qur’an Sura al-Ankabut, 29: 45)

Este ensaio forma parte do livro "O Coração Sábio" de Kabir Helminski.

O SUFISMO


O Sufismo não é diferente do misticismo de todas as religiões. O misticismo vem de Adão (que a Paz de Allah esteja com ele) e adotou diferentes formas ao longo dos séculos: por exemplo o misticismo de Jesus (que a Paz de Allah esteja com ele), dos monges eremitas e de Muhammad (que a Paz e as Bençãos de Allah estejam com ele)l). Um rio passa por muitos países e cada um deles o reivindica para si, mas só há apenas um rio.
A Verdade não muda: as pessoas mudam. As pessoas pretendem possuir a Verdade e guardá-la para si, mantendo-a fora do alcance dos outros, mas não se pode possuir a Verdade.
O Caminho do Sufismo é a eliminação de qualquer intermediário entre o indivíduo e Deus. A meta é atuar como uma extensão de Deus, não como uma barreira.
Ser um derviche (estudante do Sufismo) é sentir e ajudar aos outros, não somente sentar e rezar. Ser um verdadeiro derviche é levantar aqueles que caíram, enxugar as lágrimas dos que sofrem e confortar aos órfãos e aos que estão sós.
Pessoas diferentes possuem capacidades diferentes. Uns podem ajudar com suas mãos, outros com sua língua, outros com suas orações e outros com suas riquezas. Podes chegar a algum lugar por ti mesmo, mas esse é o caminho mais difícil.
Nossas metas pessoais conduzem todas ao mesmo fim: só há uma Verdade! Mas, por que negar os milhares de anos de experiência entesourados pela religião? Estes oferecem um caudal de verdadeira sabedoria destilada por tantos anos de busca, prova e erro.
Ter só meia religião é um gravíssimo equívico que te manterá alijado da verdadeira fé. Visitar a alguém que é somente meio médico é terrivelmente perigoso. Um meio governante é um tirano.
Muitos se debatem no labirinto da religião e as diferenças religiosas. São como cães pelejando por um osso, buscando seus próprios interesses egoístas. A solução é recordar que há um Só Criador que nos sustém a todos. Quanto mais recordermos d'Ele, menos lutaremos.
Um Sheikh Sufi é como um médico para o estudante cujo coração está enfermo. O estudante acode ao Sheikh para curar-se.
Um verdadeiro Sheikh prescreverá uma dieta e uma medicação determinadas para curar as enfermidades de cada pessoa. Se os estudantes seguem as prescrições de seu Sheikh se curarão. Se não, podem destruir-se a si mesmos. Os pacientes que empregam de forma errônea as receitas de seu médico estão chamando a sua própria ruína.
Em um nível mais elevado, a relação entre um Sheikh e seus estudantes é como a de um cacho de uvas e o ramo do qual este pende. O Sheikh conecta as uvas à árvore, a seiva à fonte da seiva.
É extremamente importante entender bem essa conexão. É como a que há entre uma lâmpada e a corrente elétrica. A energia é a mesma. Alguns Sheikhs tem 20 Volts e outros 100, mas todos transmitem a mesma eletricidade.
Os olhos são as janelas da alma, olhando aos estudantes o mestre os conecta. Pode haver uma grande força no olhar de um Sheikh.
A primeira etapa é ter fé. O primeiro passo nesta etapa é ter fé no próprio Sheikh, a qual se expressa no submetimento a sua pessoa. Através dessa submissão tua arrogância se transformará em humildade; tua ira e tua agressividade se transmutarão em bom caráter e suavidade. O primeiro passo é muito importante.
Nem todos os que levam um turbante e veste túnicas chamativas é um Sheikh. Mas uma vez que, por vontade de Allah, encontrou a um verdadeiro, o primeiro passo é a submissão.
O questionar e duvidar, como tanto se insiste no Ocidente hoje em dia, também pode levar à Verdade. De fato há algo cego em submeter-se sem pensar. Pode ser que seja melhor buscar, meditar primeiro e decidir seguir a um Sheikh só quando hajas resolvido todas as dúvidas e perguntas.
Em nossa tradição, geralmente se considera uma grande falta de educação questionar ou duvidar de teu Sheikh. No entanto, pode ser bom questionar-se e através das respostas tua fé se torna mais clara e firme.
Um dia o Profeta Abraão perguntou a Deus: "Como podes devolver a vida aos mortos?". Deus respondeu: "Abraão, não tens fé em Mim? Dúvidas de Mim?". Abraão respondeu: "Sim, tenho fé e Tu sabes o que há em meu coração. Mas só queria ver com meus próprios olhos".
Há quatro caminhos para a fé. O primeiro é o caminho do conhecimento. Alguém vem a ti e te fala de algo que nunca havia visto. Por exemplo, muitas pessoas falaram deste país, mas eu nunca o contemplei. Finalmente tomei um avião para vê-lo com meus próprios olhos do ar. Então minha fé se fez mais forte. Agora estou aqui e minha fé é ainda mais forte. O último nível seria chegar a fazer parte deste país.
Os quatro caminhos para a fé são:
- Conhecimento de algo;
- Visão de algo;
- Estar em algo;
- Tornar-se algo.

É bom ter dúvidas, mas não se deveria permanecer em dúvidas. A dúvida deveria levar-te à Verdade. Não pare nas perguntas. A mente também te pode enganar. O conhecimento e a ciência podem enganar-te. Existe um estado, que é parte do destino de algumas pessoas, no qual os olhos que vêem deixam de ver, os ouvidos que ouvem deixam de ouvir, e a mente que imagina e considera deixa de imaginar e considerar.
O povo do Profeta Abraão estava formado por adoradores de ídolos. Mas ele buscava a Deus. Um dia, contemplando a estrela mais brilhante do firmamento, disse: "Tu és meus Senhor". Então saiu a lua e voltou a dizer: "Tu és meu Senhor". Então saiu o sol e a lua e as estrelas desapareceram. Abraão disse: "Tu é meu maior, tu és meus Senhor". Mas com a chegada da noite o sol também desapareceu e Abraão disse: "Meu Senhor é Aquele que faz aparecer e desaparecer as coisas gerando todas as transformações. Meu Senhor é Aquele que está por trás de toda mudança".
Por meio deste processo, passo a passo, vê-se como o Profeta Abraão passou da adoração de ídolos à verdadeira adoração de Deus, salvando assim suas gentes da falsidade. Certamente se pode chegar à Unidade através da multiplicidade.
Os "nafs" - o Eu inferior - se acha sempre em batalha com a alma. Essa batalha continuará durante toda a vida. A questão é quem educará a quem? Quem dominará a quem? Se a alma chega a ser amo, te tornarás um crente, alguém que abraça a Verdade. Mas se o "Eu Inferior" é o que domina a alma, serás um dos que nega a Verdade.
Deus disse: "Eu, ao que todos os mundo são incapazes de abarcar, posso caber no coração de um crente".
(...)
Aí está a essência de Deus e de Seus Atributos. A essência é incompreensível para nós! Podemos começar por entender os Atributos. De fato, parte da educação Sufi é compreender esses atributos dentro de si mesmo.
Deus disse: "Meus servos Me encontrarão na forma em que me vêem". Isto não quer dizer que quando pensas em Deus com uma uma árvore ou montanha Deus será essa árvore ou essa montanha. Mas se pensas em Deus como Misericordioso ou Pleno de Amor, ou como colérico e vingativo, assim é como O encontrarás.
No Sufismo é lícito falar de todos os atributos de Deus.
Finalmente, o Sufi chega ao estado de submissão e, então, deixa de fazer perguntas.
Há eletricidade em todas as partes, mas se somente possui três lâmpadas, tudo o que verás são essas três lâmpadas. Tens que ser consciente de ti mesmo. Este é o atributo e a via. Somente através do conhecimento de ti mesmo, entenderás certos atributos.
A conexão com os atributos se obtém através do conhecimento de si mesmo. Exteriormente não encontrarás nada.
Toda a criação é a manifestação de Deus, mas como em certas partes da terra se recebe mais sol do que em outras, a algumas pessoas lhes é dada mais luz. Os Profetas de Deus receberam o máximo de Luz Divina. Ademais da quantidade, está a qualidade! Aí está a questão de que é aí que os Atributos se manifestam. Certas pessoas são manifestações de diferentes Atributos Divinos. Os Profetas manifestaram todos os Atributos Divinos. A lua reflete a luz do Sol. O Sol é a verdade e a Lua é cada um dos Profetas.

um dia de sol


eu hoje procurando algo a dizer sem saber o que falar ..olhei para fora antesde ir trabalhar ..e pensei no dia enfadonho que seria ..nossa..peguei a música que prometi a uma linda menina..olhei meus e-mails..mexi no meu site de relacionamento ..liguei a tv..e voltei para olhara para a janela e vi o sol depois de uma noite fria...e pensei como é a vida ..tantos caminhos tantas coisas..e lembrei de o que li uma vez :"Segunda-feira, vinte de maio. Recebo um e-mail da editora Andross recusando meus textos. O editor alegou que meus textos eram, por falta de palavra melhor, infantis demais para tal concurso. Manifestei minha insatisfação com outro e-mail. A resposta dada foi praticamente igual à outra. Em um primeiro momento eu não havia concordado com a opinião do editor, porém passei toda a noite pensando no que ele dissera. Acordei cedo na terça-feira. Já estava aceitando o veredicto do editor. E aceitei.
Escrevo de forma infantil? Talvez, mas qual o problema nisso? Que eu seja lido por velhos, jovens e principalmente crianças. O importante hoje para mim é ser lido. Que culpa tenho eu de escrever sobre a mente de uma criança, sobre o universo desconhecido que cada garotinho tem pela frente após se dar conta do mundo ao seu redor. Acompanhe comigo:
Imagine um dia de sol, um agradável dia de sol. Crianças vigiadas pelos pais brincam nos balanços e escorregadores do parque. Sentadas no banco de areia, duas outras crianças tentam fazer um castelo. Dois meninos. Há cavalinhos e soldados. Há também um pequeno balde servindo de molde para as torres. Conforme eu disse, é realmente um dia agradável. Poucas árvores. As mais altas têm um balanço maior; as mais baixas foram usadas para pendurar pneus.
Folhas secas, grama e crianças. Os dois meninos no banco de areia não se conhecem. Apenas os pais se falam vez ou outra no elevador do condomínio onde moram. O primeiro tem cabelos pretos e olhos castanhos, o segundo também tem cabelos pretos e olhos castanhos. Têm a mesma idade e fazem a mesma coisa: constroem um castelo de areia. As outras crianças do parque são mais agitadas. Pulam, correm; a maioria joga futebol.
Os nossos pequenos construtores ainda estão com a mão na areia. Levantando torre por torre, muro por muro. Eles são tranqüilos, talvez os mais calmos de todo aquele parque. Terminaram cada qual seu castelo. Olharam-se por alguns instantes, mas logo procuraram desviar o olhar, coincidentemente para o mesmo local: a única árvore que mostrava indícios de um outono próximo. Uma folha se desprende e cai lentamente. Os meninos acompanham o movimento suave que aquela folha faz. A mãe do primeiro menino aparece para levá-lo embora. O segundo menino continua lá, observando a folha que agora toca o chão exatamente em cima de um pequena poça d’água, formando uma ponte para algumas formigas que passavam por ali seguirem caminho. O menino sorri. Percebe que aquilo não é comum.
Com o tempo esse menino aprende a observar. Procurar a mesma sensação que teve ao ver aquela folha cair interagindo com o trajeto das formigas. Quando aprendeu a ler e escrever, começou a anotar os pequenos detalhes dos seus dias. Não só as árvores e os bichos ele observava, mas também as pessoas. Os hábitos de cada um, as manias. Ainda há muito que se falar desse menino. Mas eu adianto a você, caro leitor, que o futuro desse menino (mais que um desejo meu) é se tornar escritor.
Há um abismo entre a coincidência e o destino."

quinta-feira, 26 de junho de 2008

dedicatória a uma grande amiga


Parece que Deus cada dia coloca alguém em nosso caminho..bem,eu conheço uma amiga faz mais de 3 anos que nos correspodemos pela net..temos uma grande afetividade entre si..mas nunca nos vimos ,não por que não faltou oportunidades,mas deve ser por que não era a hora (pois eu já fui 2 vezes na cidade vizinha dela) mas temos esse elo de amor agape..aquele que transcede o amor eros ...somos irmãos ..sempre quando eu converso com ela ,não sei por que eu lembro daquele filme "o feitiço de Àquila" ;e é muito engraçado isso.Em minhas crises de existência ela esteve sempre comigo (sim,mesmo sendo 2 vezes leonino e um ser totalmente racional..eu sou muito emotivo).Ela me fez crescer..assim como eu sei que a fiz tbm ..pois de uma amizade mesmo sendo virtual sempre há uma troca...e ela lendo um de meus artigos ela fez um comentário que eu gostaria de postar aqui ..então lá vai a menina que me mostrou o fantastico circo da vida lana thais :"Existe uma frase, de algum escritor que não me lembro, que diz assim: "O segredo não é caçar as borboletas e jogá-las no seu jardim. O segredo é cultivar um belo jardim para que naturalmente, as borboletas venham até ele."
De alguma forma, eu concordo com isso. Nós temos a péssima mania de deixar o outro a cargo de tudo o que vivemos, de esperar que o outro ou que a Vida nos mostre os melhores caminhos, e até mesmo de querer atropelar a Vida e fazer tudo como queremos. De todos os jeitos, nenhum realmente foi a chave do sucesso de ninguém. Afinal, não existem regras para a Vida: ela é o esperar, o agir, o sonhar, o querer... é o TODO! E esse Todo acostumou a ser chamado de Deus. E isso é uma coisa que jamais vamos realmente compreender na condição que nos encontramos: porque Deus, o Todo ou essa ausência de condutas exatas para viver é o mistério. E nada seria tõ prazeroso se não fosse o mistério de tudo isso.
Cuide do seu jardim não só para as borboletas irem até você, ms porque é prazeroso cuidar das suas flores, dos seus espinhos, suas árvores, sua grama... Não é só um belo atrativo, mas também é o seu encontro com Deus. Porque Ele também é você!
E não se preocupe demais em mudar seus pontos de vista, ou em afirmá-los o tempo todo, muito menos em querer encontrar razão ou qualificação para suas atuações; A Vida (ou o Todo, ou Deus) SEMPRE vai arrumar um jeito de fazer você mudar de idéia!"Cara tinha tantas fotos para colocar ,mas eu pensei em colocar essa...
Beijo menina

senhorita T


Não é todo dia que podemos conhecer
Pessoas tão bonitas que nos fazem compreender
Traduzindo sua história em momentos tão reais
Cartas de amor, simplesmente imortais
São dias tão aflitos quando não estais aqui
Tristes primaveras se eu não posso te ouvir
Essa é a canção
Que eu fiz pra você
Pedaços d um coração
Que nasceu pra te amar
Com você eu posso ser
Será que estou sonhando?
Eu pergunto para mim
Será que não é ilusão o que eu acabo de sentir
Sei que não é pesadelo
Que não tem um fim legal
Será q não é a historia d amor
Entre o bem e o mal
São dias tão aflitos quando não estais aqui
Tristes primaveras se eu não posso te ouvir
Essa é a canção que eu fiz pra você
Pedaços de um coração que nasceu pra te amar
Com você eu posso ser
Será que estou sonhando?
Eu pergunto para mim
Será que não é ilusão o que eu acabo de sentir
Sei que não é pesadelo
Que não tem um fim legal
Será q não é a historia d amor
Entre o bem e o mal
São dias tão aflitos quando não estais aqui
Tristes primaveras se eu não posso te ouvir
Essa é a canção que eu fiz pra você
Pedaços de um coração que nasceu pra te amar
Com você eu posso ser

era uma vez uma princesa


Era uma vez uma princesa muito formosa, que vivia encerrada na torre mais alta do seu castelo. Todos os dias acenava ao povo que passava e sorria. Toda a gente admirava a sua formosura e simpatia, e a achava feliz, porque não a sabiam prisioneira.

Aprendeu na sua solidão a olhar o céu, a admirar a beleza dos dias luminosos, e a deslumbrar-se com os dias sombrios. Teve tempo no seu cativeiro, para dar valor ao sofrimento e lutas dos outros, e a valorizá-los. Aprendeu a não julgar o que não sabe.

Desenvolveu a capacidade de sonhar. Viajava muito na esperança e no crer, mas os dias, os meses, os anos, passavam todos iguais, pois a torre do seu castelo era demasiado alta, e fortemente guardada para alguem a libertar.

Era uma vez uma princesa que voava eternamente nas asas do sonho, que se munia da palavra para correr louca pelo mundo, empunhando-a e fazendo dela uma arma, e a sua libertação.

Era uma vez uma princesa...