
A verdade é apenas uma mentira bem contada ..foi o que me disse a Emilia ..mas E que seria Verdade, caro amigo ? Em "A verdade na matemática", Leônidas Hegenberg destaca três sentidos da palavra verdade, referentes ao hebraico, "emunah", ao grego, "aleteia" e ao latim,"veritas", as três traduzidas para o português por "verdade",.No sentido de "emunah", encerra uam referência pessoal, trata-se da verdade em sentido de confiança. Deus verdadeiro é, antes de tudo, o que cumpre suas promessas. A expressão "emunah" remete, pois, a um cumprimento a alguma coisa que se espera e que será. Nesse sentido, pode-se falar de uma falsa amizade como inexistente, porque falha, porque não é digna de confiança. A forma de saber que corresponde ao "emunah", seria, aproximadamente, em virtude da referência ao futuro, a profecia, previsão. Os enunciados das ciências naturais são, basicamente, desse tipo.O vocábulo grego "aleteia" se traduz em português por "verdade". "Aleteia" vem de um verbo cujo signigicado é ocultar, e na palavra o prefixo "A" indica o que não está oculto, aquilo que está patente, descoberto. "Aleteia" significa, pois, descobrimento. Falsidade é "encobrimento". Desbrimento e encobrimento subentendem um estado prévio que viemos a encobrir, a pôr de manifesto, estabelecendo o que a coisa é (verdade) ou então que pudemos encobrir com outra, ocultando-a, fazendo com que parecesse algo que não é (falsidade)— "Jura dizer a verdade, só averdade e nada mais que a verdade ?"— "Juro."E tem-se as esperança que o relato ou às respostas formuladas sejam verdadeiras.Nesse exemplo, é manifesta a idéia de que há uma exatidão no dizer. A verdade, aqui, aproxima-se do "verum", latino. "Verum" é o que é fiel, exato, completo, sem omissões. "Veritas", a "verdade" no latim, envolve uma referência ao dizer, um dizer enunciativo, isto é, narrrativo. Contamos com precisão algo que se passou e estamos sendo fiéis fatos ocorridos — estamos contando a verdade. Conforme o sentido considerado, na Biblia, Corão, Vedas ,Bhagavad Gita, em Freud , Jung, Adler, Horney, Sullivan, Fromm, e mesmo na ciência, certamente há verdades e inverdades, sem que se afirme, porém, que estas sejam mentiras.PS:-- "Como lidar com essa complexidade sem cair em soluções simplistas ou chavões por mais queridos que nos sejam?"-- Um bom conselho encontra-se em meu perfil:"NÃO CREIA em coisa alguma pelo fato de lhe mostrarem o testemunho escrito de algum sábio antigo;NÃO CREIA em coisa alguma com base na autoridade de mestres e sacerdotes;AQUILO, PORÉM, que se enquadrar na sua razão e, depois de minucioso estudo for confirmado pela sua experiência, conduzindo ao seu próprio bem e ao de TODAS AS COISAS VIVAS;A ISSO aceite como verdade;POR ISSO, paute sua conduta." (G. B.) -- E quem seria o tal G. B.?!-- Gautama Buda. Sim, o próprio Buda.Eu não conto verdades ..apenas camuflo a mentira ..oh que coisa polêmica ele disse alguém vai falar ..então o wallace é um mentiroso ? Eu prefiro o termo fingidor ...pois o poeta sim é um fingedor ...ele finge que sofre para compor versos...Um ator é um fingidor ...Tudo isto ém muito complexo! O que é verdade para um pode não ser do ponto de vista de outras pessoas. Cada um acredita na sua verdade. Creio que deveríamos de vez enquando deixar a nossa verdade de lado e refletir na "real verdade", aquela que traz bem estar e benefício universal e não só para um grupo restrito. Talvez esta seja uma ótima verdade. Pois pensa no conjunto das coisas do mundo, dos sentimentos e traz respeito ao próximo e a sí mesmo. A partir do momento que levantamos o véu daquilo que queremos que seja a verdade e observamos outras verdades sem um preconceito e pré julgamentos, temos maiores chances de descobrir as veradeiras verdades, mentiras e principalmente as omissões.A verdade sobre a mentira é muito simples: tudo que você conhece é mentira. Eis a verdade! Tremendo paradoxo, não é mesmo? Mas creio que isto explica porque você roda-roda, busca-busca, mas nunca que encontra a verdadeira verdade. Você busca uma verdade separada da mentira, mas a verdade e a mentira são como o oceano e a onda, inseparáveis.A verdade sobre a mentira não é uma nova verdade. Muito pelo contrário! É olhar para a mesma mentira de sempre e reconhecer a mesma verdade de sempre: tudo que você conhece é mentira. Ou seja, você já sabe a verdade, falta apenas saber que sabe. Eis o truque. Se você está em frente um espelho acreditando que você é sua imagem, e, de repente, você se dá conta que não é a imagem, o que muda de fato? Nada muda. Você apenas se dá conta que está olhando para sua imagem. Saber a verdade é simples assim: ver a mentira. Vou ilustrar com outro exemplo. Certa vez, negociando com um amigo, notei que ele estava puxando a sardinha para o lado dele. Fiz um semblante de Francisco de Assis e o chamei de egoísta. Ele me respondeu de supetão: "Sou egoísta sim, porque, você não é?". Ele quebrou minhas pernas e meu nariz de Pinóquio. Fui obrigado a ver a mentira evidente: meu Francisco de Assis era um hipócrita.Mas por que tanta confusão teórica sobre algo tão simples? Ora, justamente porque é simples. A função do pensamento é iludir você, não é despertá-lo. Sendo assim, se você quer realmente saber a verdade, sugiro que pare imediatamente de buscar a verdade e passe a observar a mentira. Por exemplo, até quando você vai fingir que não é invejoso? Até quando vai fingir que não sente raiva? Até quando vai fingir que não cobiça a mulher do próximo e do distante? Até quando vai fingir que é feliz?
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