segunda-feira, 3 de novembro de 2008

eu sou livre parte 2


O bom da tábula rasa que estou vivendo é ver claramente os arredores. Em São Paulo, você nunca enxerga o horizonte, há tanta coisa a sua volta. Por isso é bom visitar os pampas. Você sobe num caixote e, de repente, é a coisa mais alta em um raio de 100km. Você vê tudo a sua volta. Pode ir em qualquer direção. É tanta liberdade de escolha que você sente tonturas. Liberdade é assim mesmo.Não tenho um caminho pré-estabelecido. Não tenho empresa do pai para trabalhar. Não tenho carreira para me especializar. Não tenho nada. Nada. E esse nada hoje é o meu maior ativo. Um bem de uma preciosidade incalculável.Virei mesmo o que sempre quis: um bicho humano, livre, prazeirosamente livre, dolorosamente livre, com mais 20, 30 anos de vida nessa terra para depois desaparecer para sempre.E bom proveito.

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