terça-feira, 9 de dezembro de 2008

discurso sobre a arca


Eu estava vendo um filme nesses dias ...e uma coisa que me chamou atenção foi a maneira satirizada nos quais eles pregaram uma forma interessante de passar o problema que está afetando a raça humana ....a própria raça humana .

Bem,se formos com uma Ar15 eles vem com uma bazuca ...se matamos um bandido ...outro nasce e entra outro lugar ..A idéia seria reorganizar o ser humano ...o humanizar ..o fazer ser o que era antes ...o filme se tratava em uma construção de uma arca ..sim ,isso mesmo uma arca ...o engraçado que na Biblia se falam muito de Arca.. Uma dele e a arca do conserto A arca era um baú coberto pela tampa do propiciatório sobre o qual estavam os querubins. O estava dentro dela não era visto por ninguém. Jesus mesmo autentica esta verdade ao dizer à igreja de Pérgamo "ao que vencer lhe darei do maná escondido...". Se alguém olhasse para a arca não veria o maná, exceto se fizesse um exame mais cuidadoso, abrindo a arca para examinar seu conteúdo.A arca figura Cristo e o maná a Palavra de Deus. O maná encontrava-se "escondido" dentro da arca, do mesmo modo que os tesouros da sabedoria e da ciência, os mistérios do Reino e a Palavra de Deus estão escondidos em Cristo. e a mais famosa a arca de noé

mas oq eu seria o dilúvio?Historicamente, trata-se do mesmo dilúvio, que vários povos contaram de formas diferentes. Essa idéia é universal. O que nos interessa aqui é o significado interno do dilúvio, sua significação para o nosso mundo interior. Ele simboliza o ataque das “águas da vida”, das forças da vida que assaltam a humanidade o tempo todo para submergi-la na ignorância. A mesma idéia é lançada pelo Sr. Gurdjieff, que, no livro Do Todo e de Tudo, fala do continente da Atlântida. Houve um dilúvio na Atlântida – o continente foi submerso pelas águas. O Sr. Gurdjieff trata do tema também no livro Encontros com Homens Notáveis.
Se o dilúvio existiu de fato historicamente, é um fato muito recuado no tempo, em torno de dez mil anos atrás ou mais. O que importa é o que ele representa: as águas da vida cobrindo a humanidade com a ignorância, cortando-a da ligação com o Divino. O dilúvio não significa simplesmente matar a humanidade, mas mantê-la submersa nas águas do desconhecimento, nas trevas da ignorância. Essas águas são nossas energias em geral: as forças biológicas, emocionais, sexuais e mentais – que nos envolvem. Nós já nascemos em um corpo que sofreu as conseqüências do dilúvio. Noé, em certo sentido, nos redime dessa situação. Daqui a pouco falaremos dele e desenvolveremos melhor essa questão. O importante é lembrar que o dilúvio interior está sempre acontecendo, ou seja, as forças que nos animam estão sempre subjugando nossa consciência.Qual é o simbolismo do nome “Noé”?
Noé é “um homem justo”. Mas o que é um homem justo? Considerado sem profundidade, esse termo não diz nada. Em hebraico, Noé significa descanso, calma, recolhimento, tranqüilidade. Portanto, Noé é a base da consciência. Na Bíblia, ele corresponde à décima geração de homens a partir de Adão. O número dez simboliza a base que, neste caso, significa também descer para o “hara”, a região logo abaixo do umbigo. Este sentido de base é, portanto, um outro significado importantíssimo, implícito no nome Noé.
Ele é, então, o ser que encontra a sua base, que descobre a tranqüilidade, a calma, descendo para o mundo biológico/sexual que se localiza, no corpo, no baixo ventre. Noé simboliza o homem que faz contato com essa parte. Em certo sentido, é a consciência que descansa, que se tranqüiliza e vai até a região do baixo ventre.Devemos nos basear no Eneagrama para esclarecer nossas questões. Noé, porém, não é especificamente a alma, que poderia ser simbolizada pela arca.
Como construtor da arca, ele representa nossa individualidade; é nossa consciência que constrói a arca. A arca é o corpo da alma, é o princípio mais alto do nosso Ser. O texto bíblico diz: “a humanidade era corrupta, a violência enchia a terra”. Do ponto de vista de nosso mundo interior, a humanidade corrupta simboliza as energias que não nos deixam em paz, como as emoções negativas, por exemplo. A “corrupção” que existia no mundo, e que Deus decide exterminar pelo dilúvio, está dentro de nós: é a pressa, o ciúme, a raiva e toda espécie de emoção que corrói nossa alma. Ao nos “jogarmos” na vida, em certo sentido nos tornamos ímpios, impuros, porque perdemos a conexão com o Divino.
Voltando ao simbolismo do nome de Noé, poderíamos dizer que homem justo é todo aquele que pratica o recolhimento, equilibrando, dessa forma, seus centros.
Ele encontra a paz ao se recolher. Eu não ia falar nisso, mas o significado da décima geração de homens a partir de Adão dá uma indicação: Noé é a própria consciência que desce para a base, para a matéria a fim de construir a alma. Só posso construir a alma por meio desta descida da consciência para o corpo físico. O simbolismo da arca ou do barco aparece em diversas tradições. Nas escolas antigas, há representações de sacerdotes carregando lâmpadas em forma de barco.
Outro exemplo vem da tradição egípcia: Ísis, a maior deusa do Egito, encontra em uma arca o corpo do marido Osíris, desprovido de seu órgão sexual, que fora engolido por um peixe. O peixe é, neste caso, o homem que se trabalha interiormente e que metaboliza a energia sexual. Em certo sentido, é o “iniciado”: aquele que come, que digere e assimila internamente suas energias sexuais, biológicas e outras mais – para formar a alma palavra hebraica ani significa barco e também é traduzida como “Eu”, ou seja, é a identidade eterna de cada um.
Voltando à narrativa bíblica: a arca que Noé está construindo simboliza aquilo que pode resistir à inundação das energias que nos encobrem o tempo todo. Notemos que a idéia de castigo levou-nos ao conceito de um deus vingativo, porque se confunde com o “deus-vida”, que nos envia as energias que nos matam o tempo todo. Não vamos dormir exaustos e acordamos renovados? O dia inteiro, o “deus-vida” nos mata, e permitimos que o faça, uma vez que não construímos a arca capaz de resistir a todas as solicitações externas, isto é, a todas as intempéries.É necessário edificar dentro de nós um princípio que não naufrague com as situações, com as provocações da vida. Isto aparece nos Evangelhos sob a forma de Cristo andando sobre as águas. O Mar Vermelho se abrindo é outra variante do tema. As “águas” são tudo o que nos submerge, que nos engole, que impede nossa consciência de brilhar. Observando esses relatos, concluímos que a questão não é deixar de haver “águas”, mas aprender a flutuar sobre elas. Na verdade, as águas são divinas!Se construirmos, portanto, uma Arca que possa flutuar sobre as águas, tudo o que for impuro dentro de nós será lavado pelo dilúvio.

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