sábado, 26 de julho de 2008

série:insônias e músicas


Que a força do medo que tenho ;Não me impeça de ver o que anseio.Que a morte de tudo em que acredito ...Não me tape os ouvidos e a boca Porque metade de mim é o que eu grito.Mas a outra metade é silêncio.Que a música que ouço ao longe;Seja linda ainda que tristeza..Que a mulher que eu amo seja pra sempre amadaMesmo que distantePorque metade de mim é partidaMas a outra metade é saudade.Que as palavras que eu faloNão sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervorApenas respeitadasComo a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentosPorque metade de mim é o que ouçoMas a outra metade é o que calo.Que essa minha vontade de ir emboraSe transforme na calma e na paz que eu mereçoQue essa tensão que me corrói por dentroSeja um dia recompensadaQue o espelho reflita em meu rosto um doce sorrisoQue eu me lembro ter dado na infânciaPor que metade de mim é a lembrança do que fuiMas a outra metade eu não sei.Que não seja preciso mais do que uma simples alegriaPra me fazer aquietar o espíritoE que o teu silêncio me fale cada vez maisPorque metade de mim é abrigoMas a outra metade é cansaço.Que a arte nos aponte uma respostaMesmo que ela não saibaE que ninguém a tente complicarPorque é preciso simplicidade pra fazê-la florescerPorque metade de mim é a platéiaA outra metade é a canção.E que a minha loucura seja perdoadaPorque metade de mim é amorE a outra metade também.

Nenhum comentário:

Postar um comentário